Como ajudar os alunos na transição do Ensino Fundamental I para o Fundamental II?

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Ao ingressarem no 6º ano – início do Ensino Fundamental II -, os estudantes se deparam com mais matérias e professores diferentes. O resultado? Notas baixas, menos lições de casa entregues e, muitas vezes, um grande número de reprovações.

A transição de uma etapa de ensino para outra exige muita atenção por parte dos pais e das escolas. Quando a mudança não ocorre de maneira saudável, o aluno pode apresentar dificuldades de adaptação e queda de rendimento.

A professora do 5º ano da Rede de Ensino APOGEU, Michele Santana, esclarece os principais aspectos envolvidos na transição do Fundamental I para o Fundamental II e explica como o colégio trabalha para promover a adaptação dos estudantes:

1 – Qual é a principal mudança envolvida na transição do Fundamental I para o II e quais principais aspectos devem ser levados em conta?

Michele Santana –  A mudança mais marcante pela qual os alunos passam quando terminam o 5° ano e seguem para o 6° ano é o aumento no número de professores. Durante o Fundamental I, as crianças estão acostumadas a ter um(a) professor(a) regente que é sua referência em qualquer situação. Acostumam-se com sua didática, formatação de avaliações e trabalhos. É comum que os alunos se sintam à vontade para contar situações vivenciadas em sua rotina e expor angústias e preocupações do dia-a-dia.  Quando chegam ao Fundamental II, eles passam a ter em média de oito a doze professores que ficam em sala durante uma aula de 50 minutos, cada um com uma linguagem própria e uma forma diferente de trabalhar os temas de sua disciplina. Essa transição causa insegurança tanto para os alunos novos, quanto para aqueles que já estudam na instituição. A expectativa também é grande, já que eles estão cientes das diversas mudanças que irão acontecer. É imprescindível que os novos professores estejam preparados para lidar com as demandas que irão surgir no início do ano letivo, até que os alunos estejam realmente adaptados e se sintam à vontade no ambiente escolar. 

2 –  Como os pais devem agir para auxiliar na transição? 

Michele Santana – A parceria escola e família é indispensável para o desenvolvimento integral das crianças. Os pais ou responsáveis devem estar envolvidos nesse momento de transição, recebendo todo tipo de informações que são fornecidas pela escola para que entendam o que os filhos irão enfrentar e possam dar o apoio necessário. Cabe a família orientar e dar o suporte para que as crianças aprendam a lidar com os novos desafios e o aumento de responsabilidades, auxiliando sempre no que for preciso.

3 – Como vocês, professores da Rede de Ensino APOGEU, preparam os alunos para a nova etapa?

Michele Santana -Durante o ano, incluímos na rotina dos alunos algumas características comuns ao Fundamental II, como atendimento individualizado, o uso do gabarito em provas objetivas, a escrita à caneta, a apresentação de trabalhos em sala, rotina diária de estudos, armários individuais e a troca de professores. 

Promover o encontro dos alunos do 5° ano com seus futuros professores também é de fundamental importância, já que os alunos estão ansiosos e cheios de dúvidas. É normal sentirem-se assustados com essa nova etapa. Uma palestra realizada por seus futuros educadores, para esclarecer algumas pontos e sanar curiosidades, é de extrema relevância para transmitir segurança e estreitar os laços que serão estabelecidos no ano seguinte.