Por uma educação antirracista

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“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar” (Nelson Mandela)

A escola tem um papel muito importante na sociedade. Ela é um espaço de consagração de práticas, valorização de perspectivas, experiências e culturas. Possibilita para os sujeitos uma formação profunda de hábitos, costumes, práticas, percepções, análises e conhecimentos. É nela que acontece a descoberta do outro, da diversidade, do mundo econômico, do mundo comunitário. E, sem dúvidas, é também um lugar de afeto, laços e conscientização.

Se queremos garantir uma sociedade ainda melhor e mais equânime no futuro, é preciso discutir temas que a impactam em sua raiz. E é aí que a escola desponta como um braço imprescindível e se coloca ainda como lugar onde assuntos como a educação antirracista devam ser tratados.

 “Perceber-se criticamente implica uma série de desafios para quem passa a vida sem questionar o sistema de opressão racial. A capacidade desse sistema de passar despercebido, mesmo estando em todos os lugares, é intrínseca a ele. Acordar para os privilégios que certos grupos sociais têm e praticar pequenos exercícios de percepção pode transformar situações de violência que antes do processo de conscientização não seriam questionadas”. A fala é de Djamila Ribeiro, mestre em filosofia política pela Unifesp, escritora, uma das vozes mais influentes do movimento pelos direitos das mulheres negras no Brasil, além de ser uma das cem personalidades negras com menos de 40 anos mais influentes no mundo, distinção apoiada pela ONU, em 2018.

Segundo a escritora, a educação antirracista nas instituições de ensino tem um poder transformador e é algo que deve perpassar não apenas o estudante, mas os professores e professoras, diretores e diretoras de cada instituição. Por isso, à luz dessas ideias e cientes da responsabilidade de garantir um ambiente que dialogue e mostre que o racismo é crime, mas não só na perspectiva da criminalização e punição, mas, sobretudo da valorização do papel da população negra, a Rede de Ensino APOGEU abriu um novo espaço de diálogo sobre esse tema, tão necessário e urgente.

Intitulado como “Coletivo Manifesto”, o projeto reúne professores engajados com a temática que, por meio de lives no nosso perfil do Instagram, seguem compartilhando conhecimentos e debates a partir de temas como: História do Racismo, Negritude e Branquitude, Internalização do Racismo, Políticas Afirmativas, Autores e Personalidades Negros, Consumo de uma Cultura Racista entre outros.

Entendemos que, quando o assunto é o combate ao racismo dentro e fora da escola, ter em mente a importância de alinhar o discurso e a prática é fundamental para que nossos alunos recebam exemplos coerentes e com potencial formativo. Acompanhe nossas redes sociais e participe dessa iniciativa transformadora.