Ex-aluno do ITA Jr. participa de descoberta astrofísica e é noticiado no New York Times

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Em outubro de 2020, Eduardo Vitral, ex-aluno do curso ITA Jr. da Rede de Ensino APOGEU, e seu orientador Gary A. Mamon, do Instituto de Astrofísica de Paris, descobriram uma concentração de massa invisível em um aglomerado globular de estrelas, onde poderiam existir vários buracos negros.

Essa extensão de massa estava causando movimentações diferentes nas estrelas. Os descobridores relataram seus resultados em 11 de fevereiro na revista Astronomy and Astrophysics. O feito chamou a atenção da imprensa e um repórter da editoria de Ciência do New York Times, que entrou em contato.

A notícia, intitulada: “À procura de um buraco negro gigante, astrônomos encontraram um ninho de escuridão” foi capa da versão internacional do jornal no dia 3 de março. Não foi à toa: a descoberta do ex-aluno do curso ITA Jr. do APOGEU e de seu orientador no Instituto francês pode ser capaz de desvendar onde algumas das ondas gravitacionais estão sendo emitidas.

‘‘A gente não faz essas coisas do nada, têm pessoas por trás disso, que não apareceram no New York Times, algumas muito importantes, como família, amigos e os professores, um deles é o Guilherme Calderano, professor de Matemática do APOGEU’’, relata Eduardo.

Onde tudo começou

A vontade de trabalhar com espaço despontou ainda na infância. Segundo ele, aos nove anos viu um livro sobre o sistema solar na casa de sua avó. Foi o primeiro contato com a astrofísica. Pelo grande interesse na área, Eduardo decidiu, no primeiro ano do Ensino Médio, ingressar no ITA, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica, instituição de ensino superior da Força Aérea Brasileira.

Com o intuito de se preparar para um dos concursos mais difíceis no país, ele procurou o curso ITA JR. da Rede de Ensino APOGEU que, ainda hoje, foca integralmente nos conteúdos abordados na prova, considerada uma das mais concorridas do Brasil. A proximidade com os professores no curso foi um dos principais fatores apontados pelo estudante como fundamentais para a conquista da vaga. Porém, depois de dois anos no ITA, Eduardo percebeu que o curso não era o que ele queria. Então surgiu a oportunidade de fazer a prova da Escola Politécnica de Paris, apontada como a melhor faculdade de engenharia do país.

Após a graduação e mestrado, agora o desafio do jovem astrofísico de apenas 25 anos é terminar o doutorado, também na área. “Você só vai saber se você pode ou não fazer algo, se começar a fazer’’, reflete.