O papel da escola na abordagem acessível

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As diferenças entre os indivíduos é o que torna a sociedade heterogênea. O acolhimento diz respeito a entender que cada um é único e possui necessidades específicas. E, entretanto, a inclusão é um dos maiores desafios das comunidades escolares. A inclusão cultural das pessoas com deficiência é dever das escolas e apoia uma sociedade mais diversa, assegurada pela Constituição Brasileira.

 

Acessibilidade nas leis

A Lei Brasileira de Inclusão é destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais para pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Segundo a lei, a educação constitui-se como direito da pessoa com deficiência, sendo assegurado um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo de desenvolvimento. “Hoje, a legislação deixa claro que não é uma escolha da escola, mas obrigação de receber”, declara Mônica Braida, Diretora Pedagógica da Rede de Ensino APOGEU.

 

Abordagem acessível na escola

A abordagem pedagógica é feita a partir da necessidade de cada aluno. A partir disso, é montado o plano de atendimento pedagógico em consonância com o laudo que o aluno apresenta e a partir das colocações da família. Ademais, é elaborado o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), documento que mostra qual será o planejamento necessário para o progresso do aluno. Nele, são colocados os desafios a partir da perspectiva do desenvolvimento integral: físico, cognitivo e emocional.

Atualmente, a Rede de Ensino APOGEU tem, em média, cerca de 50  alunos com algum tipo de necessidade educacional especial. “Entendemos que é uma questão de acolher a família e o outro ponto é o respeito ao que o outro pede e pode, mostrando o que o aluno precisa, mas também o que podemos e conseguimos fazer enquanto escola. Receber um estudante com deficiência é muito aquém do que, de fato, fazemos no APOGEU, que é acolher e poder fazer a parceria família e escola”, finaliza Mônica.

Portanto, é importante o apoio da escola não apenas na adequação do ambiente físico adaptado, mas também nas atitudes, como o tratamento dado por cada pessoa, sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. É fundamental garantir que as instituições regulares sejam ambientes acolhedores para todos.